quinta-feira, maio 19, 2005

Da História e da História da Arquitectura - Validade e Valor

“Le calendrier, la montre.
Traces essentielles de la trajecttoire de chaque
civilization et du cours de la vie pour chaque homme.”
Jacques ATTALI (1)


Parte I
A História como Universo Ontológico
Verdade e Validade

“(…) a
ciência não é um acontecimento original da verdade, mas sim a
exploração, de cada vez, de um domínio da verdade já aberto (…)
Martin HEIDEGGER (2)




O sujeito da História é o ser. Este ser caracteriza-se pela permanência e pelo devir, pelo que, só se pode conhecer o ser com uma representação do universo. Só através dessa representação se chegará ao topos e ao ludus, numa perspectiva ontíca. A História é, assim, um universo ontológico, onde se privilegia a essência do fenómeno tempo, que importa ao ser.

Este universo ontológico formaliza-se numa noção de cosmos aberto e complexo, em que o conhecimento não se pode reduzir a uma ordem cronológica, verificável pelos testemunhos e simplificados por leis universais. É que a soma dos testemunhos não é igual ao todo da História. O ser, sujeito da História, não se reconhece numa teoria unificadora e totalizadora, porque ela seria sempre realizada no concreto. Ora a História coloca-se no abstracto, porque o objecto do seu conhecimento não existe, não pertence ao mundo da experiência. Ninguém pode experimentar a História e partir daí para uma noção linear, simples, segura, irreversível e automática do processo histórico. A História terá que ser, antes, problema e reflexão, se queremos contemplar duas das características principais do Homem – a liberdade e a responsabilidade.

Os dois conceitos anteriores actuam na consciência do ser e posicionam, esse mesmo ser, perante a necessidade de constituir referentes. Surge assim, uma teoria de universais, que formalizada, como já vimos, num universo ontológico, implica uma axiologia estruturada ao nível do verdadeiro/falso.

A História é, então, um conhecimento intelectualizado, que procura a verdade. O Valor da História será uma representação do Mundo, agindo no tempo pensado, e realizado nos eixos diacrónico e sincrónico, desse tempo.

Mas este ser, sujeito da História, é um ser partilhado. É o ser pensador e realizador de acções e o ser pensador e julgador de acções. O universo ontológico comporta portanto duas visões – a memória legada e a minha memória. E sem uma, a outra não existe. A minha memória só existe, porque outras a constituíram, mas, se eu não problematizo a memória legada, ela apenas será topos e nunca ludus. Então, com que verdade é que eu vou trabalhar? Com uma verdade pretensamente concreta e, portanto, pretensamente absoluta, fixada já pelo sujeito do passado, escondida nas brumas do tempo e a qual eu agora tenho de descobrir. Ou com uma verdade do meu conhecimento, procurada enquanto construção do real, partilhada por mim e pelos sujeitos que eu aceito, a partir da minha posição axial.

A primeira verdade não a posso aceitar, pois ela não é conhecimento infraestruturado. Não é noesis por rejeição e não pode ser gnose por impossibilidade de prova directa. Resta a segunda verdade, aquela que eu vou construindo, porque essa é baseada na própria estrutura do conhecimento – o julgar. Assim a História irá constituir o seu valor pelo conteúdo de um juízo exercido pelo sujeito perante um objecto de consciência (1). Só através do conhecer é julgar, é que a História será saber.

Para que serve a História? Esta é uma pergunta muitas vezes feita, por historiadores e não historiadores. R. G. Collingwood respondeu que “(…) a História é para o auto - conhecimento humano (…)” (2). Mais à frente o mesmo autor diz: “(…) conhecer-se a si mesmo significa saber o que se pode fazer. E como ninguém sabe o que pode fazer antes de tentar, única indicação para aquilo que o homem pode fazer é aquilo que já fez. O valor da História está então em ensinar-nos o que o Homem tem feito e, deste modo, o que o Homem é (…)”.

O que o Homem tem feito é o que o Homem é! O Homem é actividade e sensibilidade, é criação, percepção e memória! E é na memória que todo o universo da História se realiza. O historiador é o investigador da memória. Não da memória organizada em leis fixas, compartimentada e codificada, como a memória de um computador, mas a memória colectiva, local, regional ou universal, com uma constante variabilidade nas suas condições biológicas, sociológicas e existenciais. E essa memória é a condição fundamental da possibilidade de pensamento. Aliás, ela é pensamento. O historiador não a observa quando a quer conhecer. Ele vive a experiência da memória no seu espírito, apreende-a como sua própria experiência e reconstitui-a na construção do seu próprio real. A verdade da História, então, não se dá a conhecer de uma forma automática. Cada historiador terá que construir a verdade que procura, através da sua própria posição de sujeito perante o real. A essa verdade só se chega, implicando a actividade do próprio sujeito, tendo em conta a infraestrutura do conhecimento. Numa ordem vivencial do conhecimento – a noésis – o sujeito ajuíza.

Para conhecer a História, o historiador julga a memória. Só então os fenómenos históricos se apresentam ao seu espírito, passíveis de compreensão. Se o espírito compreendeu os fenómenos e tendeu a normalizá-los, se se adaptou a eles, então construiu-se uma verdade.

Este conhecimento, alcançado desta forma, nunca será comprovado através de uma ordem empírica ou científica. Sendo uma actividade do espírito, mesmo tendendo a normalizar um cosmos, ele tem que aceitar uma variabilidade intrínseca na modelação dos outros espíritos/memórias que utiliza. Não posso julgar o espírito A e daí extrair um conhecimento válido para o espírito B, sobretudo se estou a agir num eixo diacrónico. Nem me posso esquecer que, ao julgar, eu estou a utilizar a minha própria experiência. O conhecimento que eu extraí, posiciona-se primeiro perante a minha consciência existencial que, axiologicamente, aceita a existência de outros sujeitos. Através da virtualidade da minha proposta, terei então de procurar um acordo de intersubjectividade, sem o qual, a experiência da memória, que reconstituí no meu espírito, nunca se constituirá em universal.

Consideramos a verdade histórica como uma operação do sujeito/historiador e não como algo já preexistente. Esta operação é feita pelo intelecto, é portanto um acto de inteligência e uma ordem de conhecimento.

Necessitamos, então, de precisar a finalidade do conhecimento, chegando à conclusão de que ela é o inteligível e não o real. Deve-se isto, a que o conhecimento é apenas a construção do real, ou seja, a construção que cada sujeito opera do mundo. Se o conhecimento fosse o real, então a verdade da História seria preexistente, à espera de ser descoberta. Mas como apenas conhecemos o inteligível, a verdade histórica só é válida enquanto operação do sujeito.

A actividade da História desenrola-se, portanto, entre o intelecto e o inteligível, através da inteligência. O conhecimento histórico, como já vimos atrás, não podendo ser provado nem estabilizado, e dependendo de um acordo de intersubjectividade, dependerá então da lógica, enquanto instrumental da ontologia. O trabalho do historiador será, então, construir proposições verdadeiras, que se incluam num universo do discurso já enquadrado pela experiência, individual e colectiva. Assim o discurso histórico actua como uma simbólica da lógica matemática, estruturando e instrumentalizando um raciocínio abstracto. O problema da História é que, bastas vezes, é-lhe difícil fugir do axioma do terceiro excluído devido à ausência de termos necessários. É por isso que a operação lógica na História é normalmente um raciocínio dedutivo, raras vezes assertivo, muitas vezes apodíctico e quase sempre problemático. A sua imprecisão de linguagem, devido à ausência de termos necessários, provoca muitas vezes o aparecimento de paralogismos. Para se evitar este tipo de situações, a única regra que se impõe é verificar, até à exaustão, a veracidade possível da proposição. É claro que nunca chegaremos a uma certeza absoluta, contingência da própria História. Mas esse é um risco que temos de correr, uma das aporias a que se referia Marc Bloch, num campo em que muitas vezes o historiador acaba por servir-se da sua intuição, valorizada pela experiência pessoal.

Voltando ao tipo de raciocínio usado na História, afirmei que ele era dedutivo. Não pode ser indutivo, porque esse baseia-se numa observação do particular, seguindo-se uma generalização – Eu posso dizer – este animal é um peixe, ele tem vértebras. Logo, todos os peixes têm vértebras. Mas já não posso dizer – este homem viveu em pleno século XVI, ele virou-se para a feitiçaria, logo todos os homens que viveram no século XVI se viraram para a feitiçaria. Aliás, mesmo nas ciências experimentais, este raciocínio só chega a lei formulada, a partir de um grande número de casos de observação, tendo de ser reformulada sempre que apareçam excepções.

Mas o raciocínio competente da história é o dedutivo. A diferença em relação à dedução lógica matemática está nas premissas iniciais. Nesta, a premissa inicial faz funcionar os silogismos num sentido ascendente, de um possível inteligível ou pré - inteligível – o axioma – (através da informação directa, indução, intuição ou conjectura), para o inteligível – o teorema. Na História, a premissa inicial terá que ser constituída na experiência/memória do próprio historiador. Aqui a dedução terá que ser, toda ela, constituída no domínio do inteligível, mesmo que o historiador utilize, no arranque, a intuição ou a conjectura. Uma vez mais, remetemos para a liberdade e a responsabilidade do historiador, e portanto, para a sua consciência existencial. Contudo não nos podemos esquecer que, na História, o silogismo não se organiza por si próprio, enquanto validez. Cada um dos termos da proposição terá que ser, sempre, abalizado pela experiência intelectualizada.

O discurso histórico, numa analogia com a lógica matemática, é um polissilogismo, um longo silogismo. Cada proposição dessa cadeia é um juízo dependente da inteligência do historiador. O sujeito de cada uma dessas proposições, já o definimos, é o ser. O predicado teremos que o encontrar na experiência intelectual do historiador, construída a partir de uma memória inerente ao próprio ser. Então, a operação definidora do ofício do historiador será o juízo em si – a expressão copulativa.

Pelo já visto anteriormente, este juízo será sempre constitutivamente subjectivo, porque ele é sempre particular, tanto em relação ao ente designado como ao formulador da proposição. Nesta subjectividade do juízo poderemos encontrar uma subjectividade partidária do juízo e uma subjectividade imparcial do juízo. A primeira é uma situação a evitar, tendo em conta que ela é, sempre, uma manipulação da história, um abuso de competência. Num juízo partidário da História, o historiador/manipulador não constrói a verdade, mas adapta o predicado da proposição àquilo que previamente já estabeleceu como a “sua” verdade. Essa verdade será assim um preconceito ou um pré - juízo. “(…) os abusos da História só são um facto do historiador, quando este se torna um partidário, um político ou um lacaio do poder político (…)” (5).

Quanto à subjectividade imparcial do juízo, ela é conseguida através de uma deliberada e consciente honestidade. Embora toda a actividade se passe no intelecto do historiador, ele não tem o direito de escamotear o que a memória histórica, através dos testemunhos, lhe informa. A partir dessa informação, o historiador deve estabelecer e evidenciar a verdade, ou o que julga ser a verdade.

Finalmente, uma última questão que se prende, também, com o juízo – a objectividade da História. Esta tem sido um cavalo de batalha para muitos historiadores, em especial, a partir do século XIX. Ao colocarmos a premissa da subjectividade do juízo histórico, estamos, automaticamente, a afastar essa objectividade. Contudo, essa referência apenas funciona para o historiador, como indivíduo. É possível atingir essa objectividade, pelo menos idealmente, através de uma constante revisão do discurso histórico, elaborado por todos os historiadores. Assim, no futuro, seremos objectivos. Mas terá que ser um processo permanente. Portanto, quando o futuro for presente, ele vai ter de continuar. Logicamente que essa possibilidade existe, mas só como instrumental da própria História, permitindo aliás, modificações qualitativas na nossa visão da História, e por isso, modificações no nosso universo ontológico.



Parte II
Do “Homo Historicus” e da História da Arquitectura

“A Arquitectura é então uma ferida feita
sobre a superfície da Terra.
É um desenho macroscópico que vamos
imprimindo para as gerações futuras
e elas vão chamar-lhes monumentos ou memórias.
Para Gaia são apenas tatuagens ou cicatrizes.
Ana Leonor Madeira RODRIGUES (6)


Muito provavelmente, e à luz dos conhecimentos actuais, uma das características que distingue o homem dos animais, é o facto de este ter uma memória reflexiva, tanto ao nível individual como ao nível colectivo. E desde sempre o Homem demonstrou vontade de utilizar essa memória. Através de rituais mais ou menos complexos, através da arte, através da escrita, o Homem tem tentado, desde o Paleolítico e até à actualidade, sinalizar essa sua faculdade. Correndo o risco de simplificar, talvez seja isso a que genericamente chamamos História. Se falamos de um Homo Faber, de um Homo Aesteticus, não será, então, arriscado em demasia, falar de um Homo Historicus, ser pensante, ser produtor de cultura que se propaga no tempo através da actividade do seu intelecto. Esta memória é a condição fundamental da possibilidade de pensamento. Ora, na génese do Homem, quando o hominídeo deu os primeiros passos no processo no pensamento evolutivo que o levou ao Homem, foi precisamente essa sua faculdade de pensar, que lhe deu os instrumentos necessários à sua sobrevivência. E esses instrumentos não se constituíram apenas em tecnologia, mas também em cultura e conhecimento. Isolado num mundo agressivo, sem armas naturais, força ou velocidade, para se defender de outros animais, o hominídeo necessitou de dominar o mundo, para assim sobreviver. E esse domínio foi conseguido através do espírito. Pelo seu espírito, o Homem construiu o seu real. Um real conhecido, portanto mais afável para o Homem. Conhecendo os fenómenos, o Homem pode, agora, dominá-los através de uma acção religiosa, científica ou outra qualquer. Como sujeito do seu real., O Homem é agora naturante em ralação ao mundo.

Mas este real não é estático, ele move-se num sistema de eixos – diacrónico e sincrónico. E na sua memória acumulam-se experiências. Essas experiências são construídas através da relação do sujeito com o mundo. Assim, também o mundo é naturante do sujeito. E é nesta condição do sujeito que se forma o Homo Historicus – os fenómenos do mundo são fenómenos do Homem e os fenómenos do Homem, sendo fenómenos do mundo, fazem parte do universo ontológico do ser.

Neste cosmos construído pelo sujeito/Homo Historicus entende-se, facilmente, a importância da memória e das formas em como essa memória se expressa. O documento/monumento adquire uma posição central na operação de julgamento que o historiador faz. Aliás, o Homem é o único animal, ao que parece, que armazena memória fora do seu circuito orgânico, criando assim uma memória artificial – o Património – extensão da sua memória biológica. Todo o Património é História potencial, à espera que o historiador exerça a sua escolha e o seu juízo. Contudo não se pode perder de vista o facto de este património ser, apenas, memória do sujeito, e não o sujeito em si.

O Património/testemunho tem, assim, o valor de memória, para além de outros valores que se podem reconhecer (7). Como valor de memória, axiologicamente, cada testemunho pode ser encarado, como directo ou indirecto, em termos heurísticos, conforme se aproxima mais ou menos da perspectiva arqueológica do fóssil director. Contudo terá de ser, sempre, encarado como evidência, em termos hermenêuticos.

O fenómeno artístico é um dos elementos paradigmáticos deste Património, uma vez que ele é forma, espaço (8), ritmo, harmonia, medida. O artista transforma - através da sua vontade de transmitir valores – objectos materiais em memórias perceptivas. É assim que a arte, e necessariamente a Arquitectura, se apresenta como memória vivencial, logo testemunho directo, mas também visão globalizadora do mundo, logo testemunho indirecto, mas extremamente privilegiado na sua relação com um suporte ideal.

O conceito de Arte define um conceito de valor atribuído a uma criação humana. O valor artístico de um objecto é aquele que se evidencia na sua configuração ou na sua forma, sendo resultado de uma actividade mental e uma actividade operacional. Logo, qualquer que seja o ponto de contacto com a realidade objectiva, uma forma é sempre qualquer coisa que é dada a perceber. Daqui decorre que será através da percepção que o valor artístico se manifesta, em primeiro lugar. Será, também, através da percepção, que a memória presente num testemunho se dará a conhecer.

Tendo em conta que as formas valem como significantes somente na medida em que uma consciência lhes colhe o significado e lhes faz um juízo de valor, o historiador da Arte, logo o da Arquitectura, terá duas funções primeiras. Uma perceber a memória, juízo histórico, outra fazer uma aproximação ao Belo, juízo estético e artístico. A História da Arte/Arquitectura será assim, sempre, uma História de Juízos de Valor.

Mas a História da Arquitectura é também uma História de “tatuagens e cicatrizes”, na feliz expressão já referenciada, logo o historiador nunca poderá apreender essa Arquitectura, apenas como isolada ou personalizada. Ela terá sempre uma raiz oculta, uma História antes da sua existência material. E as matizes tatuadas não são apenas do tempo da sua criação, como também do da sua fruição. Voltemos aos eixos da História, sincronia e diacronia. O historiador da Arquitectura terá que utilizar, reflexivamente, ambos – terá que conhecer o monumento e a tatuagem, a memória e a cicatriz. Na História da Arquitectura, o homem é, então, Faber, Aesteticus e Historicus, sendo a Arquitectura uma representação do Universo. Do seu Universo ontológico.

Como o sujeito da História é o ser, a História da Arquitectura terá validade e valor, não como, meramente, observação e compreensão de uma existência, mas como problema e reflexão, aliás como toda a História.
Para que serve a História da Arquitectura? Para o auto-conhecimento humano, tal como toda a História e, para o auto-conhecimento da Arquitectura. Será então lícito dizer que se a memória reflexiva é condição do pensamento, a História será condição do Homem, logo a História da Arquitectura será condição da Arquitectura, mas também do Homem.











Notas

(1) in Jacques ATTALI, Histoire du Temps, Paris, 1982, p.10
(2) in Martin HEIDEGGER, A Origem da Obra de Arte, Lisboa, 1992, p.50
(3) v. Valor, in Maria João Madeira RODRIGUES, Pedro Fialho de SOUSA & Horácio Manuel Pereira BONIFÁCIO, Vocabulário Técnico e Crítico de Arquitectura, Lisboa, 1990
(4) in R. G. COLLINGWOOD, A Ideia de História, Lisboa, 1989, p.21
(5) in Jacques Le GOFF, Documento/Monumento, in Enciclopédia Enaudi, Lisboa, 1984, p.167
(6) in Ana Leonor Madeira RODRIGUES, A Ilha dos Museus, in GEHA, n.º 2/3, 1999, p. 167
(7) Estético, económico, sociológico, afectivo, psicológico, etc.
(8) “Ritmando a forma e plasmando a espacialidade, o Ser ordena o mundo reico e ascende a uma prática ontológica”, in Maria João Madeira RODRIGUES, Valor. Introdução ao Estudo da História da Arquitectura e do Urbanismo, in GEHA, nº 1, 1998, p.57

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